quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Eleitor Quadrado

Eleição é igual rapadura:
é doce, mas não é mole não!



Tudo bem, a analogia foi forçada.

Então, assista o vídeo. Patético, mas sincero.




segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Debater ou se debater?

O debate com os candidatos da Prefeitura do município, realizado semana passada em canal televisivo do Piauí, foi marcado por afirmações vagas e completamente evasivas. O candidato da situação, Seviu Mandos, pareceu ter a eleição já ganha. Sempre com ar de superioridade, beirando o pedantismo. Vez por outra ouvia um riso irônico, depois de uma acusação ou pergunta de candidatos de oposição. Não parecia postura de gestor, de um prefeito que deve ter respeito a todos concidadãos, principalmente com o eleitor. Por sua vez, Azarento, candidato de oposição, parecia estar num mundo fantasioso criado por ele. A situação da saúde no estado, segundo ele, sofreu uma revolução quando este foi secretário. Hum... foi tanto sucesso que ele passou apenas 11 meses. Já a Louca Maria, sem comentários! Quem são os outros mesmo? Ah, saudades dos debates animados dos tempos do nosso Oscar, o da mão santificada. Só animação mesmo, nenhum conteúdo. Como diriam meus colegas paulistas, o debate foi totalmente chuchu.

Segundo o Dicionário Aurélio, debater significa: 1. Examinar em debate; tratar de; discutir. 2. Contestar, questionar. 3. Tratar de; discutir. 4. Discutir, porfiar, contender. 5. Agitar-se muito, resistindo ou procurando libertar-se, ou tentando fugir de situação penosa. Talvez, o debate tenha se relacionado muito mais ao quinto significado. O eleitor se agitou e resistiu na poltrona em frente a televisão. De tanto tédio, procurou liberta-se. Aqueles que não dormiram, fugiram dessa situação totalmente penosa. Alguns calaram-se, outros acharam que foi o início da festa da Democracia. Ou seria do velório? Quem sabe? Tiveram até aqueles que nem assistiram. Felizes são eles.

* * *

Debate (oposição pública) e participação (inclusividade) são parte do processo de democratização da esfera pública, lembraria Robert Dahl. Sonhos poliárquicos podem acontecer por aqui? Será? Enfim, quando o dia chegar, a urna se abrirá. Não deveremos ficar parados, iremos ao debate, como uma boa democracia, inclusiva e participativa. Porém, poderemos falecer de tanto (nos) debater.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Quando o sol nasce, tudo muda

Ontem a noite, sentei-me na calçada da rua que passa em frente a minha residência. Senti falta da luz que incide sobre a frente de minha casa. A escuridão da rua permitiu o destaque ao céu. Ao fundo, a lua, belíssima. O calor da tarde deu lugar a uma brisa sutil, quase agradável. Ainda sentado na calçada, observei o rapaz da coleta de lixo passando por mim. Ele pegou o saco de lixo, que estava cuidadosamente colocado no cesto da minha residência, e o jogou no meio da rua. Depois, um a um retirou todos os sacos de lixo que estavam colocados nos cestos e nas calçadas das outras residências. Logo, estranhei a situação. Tentei observar melhor. Levantei-me e procurei observar outras ruas próximas a minha residência. Caminhei por outras ruas do meu bairro e observei que todas elas estavam com sacos de lixo no meio da rua. Retornei boquiaberto com a situação. Os carros passavam e tentavam desviar dos sacos. Alguns até passaram por cima, diante da escuridão. O tempo passou e o caminhão da coleta não veio recolher o lixo. Gatos e cachorros logo vieram rasgar os sacos intactos e cheios de resto de comida. A sujeira se espalhou por toda a rua. Adentrei em minha residência. Horas depois, escutei um caminhão passando. Era a coleta. Hoje pela manhã, acordei cedo, assim que o sol apareceu. Logo, abri o portão. Não consegui observar mais a lua, nem senti aquela brisa. Indícios de um calor emergente, diante de um céu sem nuvens e de uma rua toda suja, imunda.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Gente em primeiro lugar?

Pensando no antigo slogan da "nossa Prefeitura", "Gente em Primeiro Lugar"(utilizado até meados deste ano), perguntei-me se de fato os teresinenses estão em primeiro lugar.

Vejamos os fatos:

1. Calçadas de Teresina: Inadequadas para o uso de pedestres, principalmente dos deficientes físicos. Muitos moradores avançam seus muros em direção à rua, deixando pouco espaço para o passeio público. Além disso, muitos constroem escadas, rampas para automóveis, colocam lixeiros e até mesmo cavaletes, impedindo o trânsito normal de pessoas nas calçadas. Por que isso ocorre? Falta de fiscalização e intervenção por parte do poder público.

2. Ruas: Esburacadas e sujas! Sim... a av. Raul Lopes é um tapete.

3. Galerias: Quando existem geralmente são contaminadas pelo esgoto doméstico.
Resultado: rios ainda mais poluídos. Que beleza!

4. Parques e Praças: Além da pequena quantidade e da má distribuição na cidade, esses geralmente são espaços mal conservados, inadequados e inseguros para o lazer em geral. Ah, claro! Pode-se praticar corrida de tiro na maior parte da cidade. Quer arriscar?

5. Potycabana: Rídiculo! Espaço medonho e mal aproveitado pelo poder público. Além de ter uma estrutura precária, geralmente se encontra fechado. Parabéns!

6. Planejamento de tráfego: Imaginemos um tanque. Você quer enchê-lo com bastante água. Você tem 3 canos alimentando o tanque, mas só há um gargalo. É isso que acontece com as pontes de Teresina. Muitos carros e pouco escoamento. Viva!

7. Transporte urbano: Sem comentários!

8. Asfaltamento das vias: Você está construindo o terraço da sua casa. Coloca uma camada de cimento e depois os azulejos. Fica lindo! Depois de 5 anos, os azulejos estão velhos, cheios de depressão. Em vez de você retirar o azulejo velho, você coloca mais cimento e uma outra camada de azulejo por cima. Resultado: sua sala ficou num nível mais baixo que o terraço. É isso que acontece com as ruas da cidade. Ruas altas e calçadas e o meio-fio baixos. Que piada!

9. Educação pública: Uma boa forma de enganar gente pobre.

10. Medicina de ponta:
De ponta... de esquina?
Se quiser morrer rápido disque UM para HGV.
Se quiser morrer antes de chegar no hospital disque DOIS para HUT.
Se quiser morrer de raiva disque TRÊS para hospitais de bairro.
Obrigado senhor(a)!

11. Cidade verde:
Só no hino mesmo.

12. Segurança: Mãe Dináh já disse: "Guarda-Municipal, nunca!"

13. Educação no trânsito:
É multando que se educa.

14. Diversão e lazer:
Cabarés, bares e drogas. Existe combinação melhor?

Moral da história: Se em Teresina gente está em primeiro lugar, imagina o que está em último?

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Pergunta de almoço. Existe coisa melhor?

Hora do almoço, momento de apreciar a refeição e tomar um bom e gelado suco. Sentados a mesa, eu e minha irmã de 8 anos de idade. Um bafo quente adentra a sala de jantar e me lembra que estamos entrando no b-r-o-bro. Minha irmã, sugestionada pelo calor, penso eu, faz uma pergunta muito capciosa pra mim:

"Por que Luís Corréia tem praia e Teresina não?"

Putz, que pergunta louca. Vamos lá às 10 respostas possíveis:

Resposta 1: "Porque sim."

Resposta 2: "Pergunte a professora!"

Resposta 3: "Porque Deus é um cara irônico."

Resposta 4: "Porque quem estuda pra concurso não gosta de praia".

Resposta 5: "Porque o Conselheiro Saraiva não quis. Ele conheceu um sertanejo, prefiriu plantar mandioca e fazer um puxadinho por aqui (se é que vocês me entendem)."

Resposta 6: "Porque o sertão não virou mar e o mar não virou sertão."

Resposta 7: "Você prefere praia ou shopping?"

Resposta 8: "E a Curva São Paulo?"

Resposta 9: "Quer sorvete depois do almoço?"

Resposta 10: "Porque no inferno não tem praia".

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Conversa amiga

Terça-feira (12 de agosto de 2008)

17:31 - Retiro o automóvel da garagem e procedo o processo de locomoção através de ruas e avenidas da cidade.

17:42 - Deparo-me com um engarrafamento na rua Canadá, no Cristo Rei, próximo à Ponte Wall Ferraz.

17:45 - Meu automóvel é impedido de se locomover ainda na rua Canadá. Motivo: um trem atravessa a av. Higino Cunha.

17:48 - Observo a fila de carros na rua Canadá começar a aumentar, enquanto, calmamente, espero o longo trem passar.

Ps.: A rua Canadá é uma via de mão dupla, apesar de ser extremamente estreita e recheada de carros, motos e caminhões que a utilizam pra se encaminhar da Zona Sul em direção a Zona Leste.

17:50 - Um sujeito, incomodado com a extensa fila de carros, decide utilizar a contramão para viabilizar sua saída do congestionamento. No entanto, depara-se com um carro estacionado do seu lado esquerdo e com a fila de carros do lado direito. O espaço era estreito demais. Decide, sabiamente, forçar a passagem.

17:51 - O mesmo sujeito, ao forçar a passagem, bate o retrovisor do seu carro no retrovisor do meu carro, com certa velocidade. O sujeito, diante do pouco espaço para prosseguir a manobra, pára seu carro. Não olha para os lados. Afinal de contas, quanto vale um retrovisor? Quase nada!

17:51 - As janelas das portas de seu carro se encontravam abertas e as minhas fechadas. Porém, nossas janelas dianteiras ficaram lado a lado. Mesmo assim, ele nem sequer olhou para o lado.

17:51 - Prontamente, não penso duas vezes, "vou interpelá-lo".

17:51 - Baixo o vidro do meu carro e tento estabelecer um diálogo amigável:

Cittadino: "Amigo, você pegou a contramão e, de forma imprudente, quase levou meu retrovisor junto ao seu carro".

Sujeito: "Rapaz, e daí se eu pego a contramão, é problema seu? Se eu tivesse quebrado o teu retrovisor eu pagaria".

17:52 - Contudo, retruco.

Cittadino: "O problema é meu e de todo mundo sim. Desse jeito, você vai deixar o trânsito ainda mais engarrafado..."

17:52 - Antes que pudesse concluir, escuto.

Sujeito: "Vai tomar no **". Posteriormente, ele "arranca" com o carro e parte em alta velocidade na contramão.

17:52 - Pensativo, fecho a janela do meu carro.

17:55 - O trânsito começa a fluir.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Cajuinando

A proposta deste blog é a de narrar alguns fatos de nossa derrota, expressada em linhas mal-escritas, pensada, todos os dias, por muitos que realmente pensam criticamente a cidade. Nada mais do que isso. Apenas mais uma visão dos fatos.

Sr. Cittadino